sábado, 19 de janeiro de 2008

SEMANA DO CALOURO

Companheiros, a semana do calouro desse ano terá uma novidade, a apresentação de banners, dos alunos que não foram indicados pelos seus orientadores, ou não tem orientador. Com isso visamos democratizar mais o acesso ao conhecimento histórico e as pesquisas realizadas pelos estudantes de História da UFRPE. Segue abaixo a programação da Semana, e as novas datas para envio de trabalho.

Segunda - feira
  • Aula magna (reitor e pró-reitores falando sobre os assuntos da UFRPE, nem sempre veridicamente)

Terça - feira


Mesa redonda 1: O papel do educador na sociedade atual: entre a teoria e a prática.


Profa. Dra. Lúcia Falcão - UFRPE
Prof. André Carneiro - Bureau Jurídico
Prof. Marinetti Leite – Secretaria de Educação de Pernambuco

Quarta – feira


Mesa redonda 2: Estudos arqueológicos e do patrimônio no Nordeste brasileiro.


Profa. Dra. Suely Luna - UFRPE
Prof. Ângelo Ataíde - Patrimonialista
Profa. Dra. Gabriela Martin - UFPE

Quinta - feira


Mesa redonda 3: Escravidão e resistência no Brasil imperial


Prof. Dr. Wellington Barbosa - UFRPE
Prof. Dr. Robson Almeida - UFRPE
Prof. Dr. Marcus Carvalho - UFPE

Sexta – feira


Apresentação das pesquisas realizadas por alunos de História da UFRPE
Peça teatral sob direção do estudante Gustavo "Mccartiney"
Calourada dos estudantes de História

A participação de todos os estudantes, mas principalmente dos calouros é de fundamental importância, portanto aproveitem.

Obs.: Os prazos para envios dos resumos de trabalhos e banners digitalizados foram "esticados" ao limite: 25/01.

sábado, 12 de janeiro de 2008

VEM AÍ O XX EREH N/NE !!!!!



De 18 à 23 de Março de 2008, acontecerá em João Pessoa/PB, o XX EREH n/ne. Com o tema “DO SEIXAS À CONTAMANA: RENDILHANDO NOSSAS IDENTIDADES, LUTAS E ARTE”.




O Encontro Regional dos Estudantes de História visa uma maior interação entre os estudantes do norte-nordeste, para que estes possam estudar, discutir e se posicionar diante dos fatos do passado e do presente, com uma visão crítica da realidade do nosso país. O DAHIS Manuel Correia de Andrade sempre esteve presente nos encontros estaduais, regionais e nacionais. Sempre com uma delegação inteirada sobre os assuntos a serem debatidos, politizada e coesa na defesa das propostas, os estudantes de história da UFRPE, através do seu diretório, tem sempre contribuído com o debate. Este ano levaremos dois ônibus para esse evento, portanto programe-se e participe.




Abaixo a programação das mesas, palestras e minicursos:





MESAS

Mesa de Abertura – 18/03
“DO SEIXAS À CONTAMANA: RENDILHANDO NOSSAS IDENTIDADES, LUTAS E ARTE”.

Prof. Durval Muniz de Albuquerque (UFRN) – confirmado
Prof. Heleno Rotta (UEPB) – confirmar


Mesa I – 19/03

“A GANÂNCIA DO CAPITAL: NEOLIBERALISMO E REFORMAS DO ESTADO”

Prof. Valério Arcary (Professor de História do CEFET/SP) – confirmar
Valter Pomar (Diretório nacional da Articulação de Esquerda)


Mesa II – 19/03

“CARTOGRAFIAS DA SEXUALIDADE: QUESTIONANDO IDENTIDADES E SUJEITOS NAS CULTURAS CONTEMPORÂNES”

Prof.. Kyara Almeisa (UEPB) – confirmada
Prof.. Elisa Mariana (UEPB) – confirmada
Prof.. Antônio de Pádua Dias da Silva (UEPB/CG) – confirmado


Mesa III – 20/03

“NÃO PEDIREMOS NADA, TOMAREMOS, OCUPAREMOS: MOVIMENTO ESTUDANTIL E SUAS PERSPECTIVAS”

Rafael Falcon (estudante da UFAL)


Mesa IV – 20/03

“O POVO TEM SEDE DE ÁGUA, O CAPITALISMO TEM SEDE DE DINHEIRO: DIÁLOGOS SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS DO VELHO CHICO”

Prof. Juciene Apolinário (UFCG) – confirmada
João Suassuna (Fundação Joaquim Nabuco-PE) – confirmar



Mesa V – 21/03

“UM SOL NASCE NAS AMÉRICAS: RESISTÊNCIAS E CONQUISTAS POPULARES NA LUTA CONTRA A DOMINAÇÃO”

Gilmar Mauro (MST) – confirmar
Prof. Mauro Luis Iasi (FASB E Metodista SP) – confirmar


Mesa de Encerramento – 22/03

“A IDENTIDADE DO HISTORIADOR: FORMAÇÃO E ENGAJAMENTO”

Prof. Rosa Godoy (UFPB) – confirmadaProf. Antônio Paulo Rezende – (UFPE) - confirmar








PALESTRAS

No dia 21/03 será realizado as quatro palestras ao mesmo tempo.

I – “AI-5: 40 ANOS DE REPRESSÃO. NEM TUDO PASSOU”.

Prof. Monique Cittadino (UFPB) – confirmar



II – “CULTURA POPULAR, TRADIÇÃO, HISTORIA: OS MARACATUS NAÇÃO NA CENA CULTURAL PERNAMBUCANA”.

Prof. Isabel Cristina Martins (UFPE) – confirmada


III – “140 ANOS DEPOIS E NEM TUDO SE DESMANCHOU NO AR: INTERPRETAÇÕES D’O CAPITAL E TEORIAS MARXISTAS NUM MUDO POS MODERNO”

Prof. Edgard Malagodi (UFCG) – confirmar


IV – “FECHANDO RUAS E ABRINDO CAMINHOS: AS LIÇÕES DE MAIO DE 68”

Prof. Jaldes Reis (UFPB) - confirmado






Mini-cursos




1. EDUCAÇÃO ANTI-RACISTA, ENSINO DE HISTÓRIA E IDENTIDADES: METODOLOGIAS PARA APLICAÇÃO DA LEI 10.639/03 NA ÁREA DE HISTÓRIA


Drª. Solange P. da Rocha (UEPB/Guarabira)






2. CINEMA, HISTÓRIA E O POPULAR NO BRASIL: DO CIRCO À BOCA DE LIXO
Prof. Romero Venâncio (UFS)






3. DA “NOVA HOLANDA” AO “BRASIL HOLANDÊS” (1624-1654): HISTÓRIA, FONTES E AGENDAS DE PESQUISA
Prof. Ms. Daniel Breda
Arquivo Judaico de Pernambuco


Faculdade de Ciências Humanas de Olinda






4. PRINCIPAIS MOVIMENTOS MESSIÂNICOS NO NORDESTE E TRILHAS RELIGIOSAS
Danielle Ventura Bandeira de Lima
Mestranda em Ciências das Religiões/ UFPB






5. HISTÓRIA SOCIAL INGLESA E A OBRA DO EDWARD THOMPSON
Profª. Drª. Regina Célia Gonçalves (UFPB)






6. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A PESSOA COM DEFICIENCIA EM FOCO
Profª. Ms. Maria Noalda Ramalho
Programa de Tutoria Especial/UEPB-Campina Grande






7. HISTORIA E FOTOGRAFIA: REFLEXÕES SOBRE A LINGUAGEM VISUAL NAS CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS
Valmir Pereira da Silva
Doutorando em Ciencias Sociais - UFCG






8. A CIDADES COMO UM OBJETO DA HISTÓRIA CULTURAL - METODOLOGIA E PRÁTICA DE PESQUISA
Prof. Dr. Antonio Clarindo (UFCG)






9. O DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO NAS MALHAS DA HISTÓRIA
Prof. Ms. Matheus Andrade (UFPB)






10. A NOVA HISTÓRIA POLÍTICA: DOS CORONÉIS AOS POPULISTAS – REPRESENTAÇÕES E SIGNIFICADOS
Giulianne Chrishina Barros dos Anjos (Mestranda em História – PPGH/UFCG)


Railane Martins de Araújo (Mestranda em História – PPGH/UFPB)






11. WALTER BENJAMIN: HISTÓRIA E CRÍTICA
Giovanni S. Queiroz
DF/CCHLA-UFPB






12. O OFICIO E A OFICINA: O FAZER DO HISTORIADOR
Prof. Ms. Faustino Teatino Cavalcante Neto (UEPB – Campina Grande)






13. HISTORIA E IMAGENS: USOS DAS IMAGENS NA PESQUISA HISTORIOGRÁFICA
Prof. Ms. José Luciano de Queiroz Aires (UEPB / UVA – Campina Grande)






14. FONTES E MÉTODOS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
Waldeci Ferreira Chagas
Doutor em História Professor da UEPB-Campus de Guarabira






15. INQUISIÇÃO E CRIPTOJUDAÍSMO, A FÉ DA INTOLERÂNCIA E A INTOLERÂNCIA DA FÉ
Mirella de Almeida Fernandes Guerra


Graduada em História pela UFPB, Bacharela em Direito pela ASPER e


mestranda do programa de pós - graduação em Ciências das Religiões/ UFPB






16. AS CIDADES ENQUANTO CAMPO DE IDENTIDADES DIANTE DO ADVENTO DA MODERNIDADE


Paula Rejane Fernandes


Mestranda de História pela UFCG






17. OS USOS DA LITERATURA NA PESQUISA HISTÓRICA
Prof(a).Ms. Manuela Aguiar Araújo de Medeiros (UEPB/Campina Grande)






18. IDENTIDADE RELIGIOSA E PÓS-MODERNIDADE
Moisés Costa Neto


Graduado em História e mestrando em Sociologia pela UFPB. Bolsista CNPq.






19. TECENDO SIGNOS, REPRESENTAÇÕES E RECURSOS PEDAGÓGICOS: OS QUADRINHOS NO ENSINO DE HISTÓRIA


Prof.Ms.Ramsés Nunes e Silva (UEPB/Guarabira)






20. PARA COMPREENDER O SAGRADO: ENFOQUES SOCIOLÓGICOS, ANTROPOLÓGICOS E HISTORIOGRÁFICOS.
Amurabi Pereira de Oliveira


Licenciado em Ciências Sociais - mestrando em Ciências Sociais



21. DRAMATURGIA/TEATRO NA DÉCADA DE 1950: ENCRUZILHADAS DA HISTÓRIA
Prof. Dr. Diógenes Maciel
Departamento de Letras e Artes-UEPB


Doutor em letras-Literatura Brasileira






22. A JUSTIÇA E A REPRESSÃO MORAL E SEXUAL NA PARAÍBA COLONIAL


Prof. Dr. Ruston Lemos de Barros (UEPB/Guarabira)






23. O MOVIMENTO COCALERO BOLIVIANO: LUTAS E REPRESENTAÇÕES EM UM CONTEXTO MULTICULTURAL


Lício Romero Costa


Universidade Federal da Paraíba – UFPB


Graduado em Licenciatura Plena em história pela UFPB






24. O CINEMA NACIONAL E AS CHANCHADAS: UM OLHAR SOBRE O IMAGINÁRIO SOCIAL DAS CLASSES POPULARES NAS DÉCADAS DE 1950-1960
Adeilma Carneiro Bastos
Graduada em História e mestranda em História pela UFPB.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

I Jogos Históricos




No segundo semestre de 2008, acontecerá na UFRPE o I Jogos Históricos. Que será composto por dois momentos, os jogos atléticos (vôlei, basquete, futebol) e os jogos sedentários (sinuca, totó, xadrez, war), e contará com a participação, não só dos estudantes de História, mas de todo e qualquer estudante da UFRPE que quiser concorrer em alguma modalidade.
A organização dos jogos é de responsabilidade do DAHIS Manuel Correia de Andrade, porém, há uma comissão organizadora dos jogos, que já está com as primeiras reuniões marcadas, e que qualquer estudante pode integrar.


Primeira reunião: 05 de Março






terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Porque o REUNI foi aprovado nas férias?!?

No dia 14 de dezembro de 2007, a reitoria da UFRPE, aprovou o decreto do governo para a educação superior pública chamado REUNI. Esse decreto está na programação da contra-reforma universitária que o ministério da educação nos impõe hoje. Como não conseguem aprovar a reforma universitária (devido a grande campanha contra que o movimento estudantil fez em todo país) no congresso nacional, tentam nos impor através de decretos.
O REUNI consiste em aumentar o número de estudantes em sala de aula, não enviando verba na mesma proporção para as IFES. Será portanto o fim, para as pesquisas e projetos de extensão, e as nossas já precárias instalações físicas então, nem se fala.Interessante, é que a reitoria aproveitou as férias para aprovar o REUNI em seu conselho universitário, isto é, não acha que é importante os estudantes opinarem sobre os rumos da universidade, ou o que é pior, acha que os estudantes não tem condições, ou não saberiam opinar, visão igual a que a ditadura tinha sobre a população e o voto.
Mais debate sobre o REUNI, um plebiscito, diálogo da reitoria com os estudantes, reivindicações formuladas pelo conjunto do movimento estudantil da UFRPE. Nada disso houve. Por isso é importante que nossa reitoria (recém empossada por sinal) mostre que nada tem a ver com os tempos em que a UFRPE era comandada pelos militares, e para isso precisa escutar mais os estudantes, as entidades estudantis, os fóruns de debates institucionais. Enfim, que a reitoria use da mesma urgência que votou o REUNI, para instaurar a estatuinte (pois os nossos estatutos datam da época da ditadura militar), para aprovar a biblioteca setorial do nosso curso, para dialogar com os estudantes, para tratar do tema violência.
Yuri Pires Rodrigues é coordenador-geral
do DAHIS Manuel Correia de Andrade

Curso de Restauração e Encadernação de Livros e Documentos Antigos

Estamos retomando o ano com o segundo módulo do Curso de Restauração e Encadernação de Livros e Documentos Antigos com ênfase em encadernação tipo Bradel, tendo o seguinte programa: Jargão e Definições; Desmontagem da Obra; Higienização; Reparos; Montagem de Cadernos; Costura à Grega e 3 Agulhas; Preparação da Capa; da Cobertura e embalagem; será vivenciado nos dias 12,19 e 26 de janeiro e 09 e 16 de fevereiro das 09h às 13h, na rua do Veiga 201 (esquina com a rua Cap. Lima); investimento de R$75,00 que dará direito à apostila, certificado e coffee breack.
As inscrições poderão ser reservadas por telefone e confirmada contra pagamento no ato da matrícula dia 10, das 9h às 17h no endereço acima citado, vagas limitadas a 20 participantes .
Quaisquer esclarecimentos que fizerem-se necessários, queiram por gentileza contactar pelos telefones: 81 8613 8770/ 9701 0433 ou 3434 7677. Agradeço antecipadamente a tenção dispensada, desejando-lhes um Feliz e Próspero 2008.

Daniel Lima

LIMA Daniel Rua Frei Caneca 745/102
CEP 53.439-420, Janga-
Paulista - PE. Brasil.
Cel.+55 (81) 8613 8770
fax:+55 (81) 3434 7677

domingo, 6 de janeiro de 2008

Agradecimentos do projeto A arte faz História

Os alunos do projeto A arte faz História agradecem o apoio do DAHIS Manuel Correia de Andrade, dos professores do DLCH e em especial aos alunos da graduação que participaram e prestigiaram a apresentação da mais nova produção do grupo: "Lá no alto da favela". Esta produção contou com o apoio do grupo de capoeira Angola da UFRPE e o grupo Acauã da Escola Municipal Henfil.
Mesmo com todos os percalços, o evento foi um grande sucesso, conseguindo reaizar uma abordagem crítica e didática acerca da cultura afro-brasileira.
Mesmo felizes com o sucesso da peça, não podemos deixar de registrar o mal procedimento do motorista do ônibus que trouxe os alunos da Escola Henfil, o Sr. Júnior Vieira, que os tratou de forma grosseira, causando inclusive danos materiais, físicos e morais às crianças e adolescentes da comunidade escolar.
Gustavo "Mccartiney" é estudante
do 6º período de História

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Quem foi Manuel Correia de Andrade?



Em 1995 nascia o D.A. de História da UFRPE. Em sua quinta gestão (2001), aprovou em assembléia estudantil a mudança do nome em homenagem a um personagem vivo da história de Recife, o professor Manoel Correia de Andrade. Mas saberão todos os alunos quem foi esse Professor? Os mais antigos provavelmente sim, já que o mesmo faleceu aos 84 anos no dia 22 de junho de 2007, já para os alunos mais recentes escrevo este pequeno texto no intuito de conhecer um pouco de sua historia.
Manoel Correia de Andrade nasceu no dia 3 de agosto de 1922, no engenho Judiá em Vicência no estado de Pernambuco, filho de Zulmira Azevedo Correia de Andrade e Manoel Correia de Oliveira Andrade (senhor de engenho, criador de gado e advogado). Aos 10 anos de idade veio para Recife com sua família e passou a estudar no Liceu Pernambucano, concluindo lá o ensino fundamental e no Instituto Carneiro Leão fez um curso complementar pré-jurídico, lá conhecendo a sua futura esposa, uma colega de classe. Posteriormente entra na Faculdade de Direito do Recife e após dois anos começa a cursar, também, História e Geografia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Manoel da Nóbrega, hoje chamada de Universidade Católica de Pernambuco. Forma-se bacharel em direito em 1945 e em 1947 diploma-se em Geografia e História.
Mesmo sendo filho de senhor de engenho, aos vinte anos entra para o partido comunista, onde fica por sete meses adquirindo conhecimentos sobre a esquerda no Brasil, que servirão para delinear sua luta em prol dos sindicatos como o dos trabalhadores, dos ferroviários e da indústria do papel e do papelão. É nesta época que têm contato as obras do sociólogo Caio Prado Junior e passa a freqüentar o Arquivo Público Estadual no intuito de entender cada vez mais as revoluções ocorridas do período regencial. Assim Manoel Correa passa a advogar cada vez menos e se dedicar aos estudos de Geografia e História cada vez com mais afinco. Em uma de suas viagens conhece Caio Prado que estava selecionando especialistas de cada região no país para que colaborassem com a descrição de um perfil sobre as diversas questões agrárias no país, estudo esse que deu origem ao seu livro A terra e o homem no Nordeste, cujo prefacio é de Caio Prado. Estudo criticado pelos geógrafos por ser muito mais militante que científico, e em 1964 o livro é considerado como subversivo pelos militares por isso é apreendido.
Participou de passeatas de oposição a Agamenon Magalhães, lutas políticas contra o Estado Novo, foi preso e processado por participar destes movimentos.
Em 1952 ao contrário das vontades de seu pai começa a lecionar para o ensino médio. Começa lecionando Geografia do Brasil e História, nos colégios Vera Cruz, Padre Félix e Americano Batista. Ensina também Geografia Física, na Faculdade de Filosofia do Recife; Geografia Geral, no Colégio Estadual de Pernambuco; e Geografia Econômica, na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O jovem professor conheceu vários países e realidades fora do Brasil: estudou na École Pratique de Hautes Études, na França; passou quinze dias em um congresso em Israel e viajou por todo o Estado; lecionou nas Universidades de Sukuba, no Japão, e na Universidade de Buenos Aires, na Argentina; deu palestras e conferências no Peru, no México, na Colômbia, na França e nos Estados Unidos (Califórnia), entre outros.
Recebeu títulos de Doutor Honoris Causa, por parte de três Universidades Federais (a do Rio Grande do Norte, a de Alagoas, e a de Sergipe), e pela Universidade Católica de Pernambuco; as funções de Chefe do Departamento de Geografia e História da Faculdade de Ciências Econômicas, da UFPE, e de Coordenador do Curso de Mestrado em Economia, da UFPE.
Esteve sempre ao lado das iniciativas mais progressistas em defesa da justa distribuição de terra e renda no campo. Escreveu sobre as diversas rebeliões pernambucanas, demonstrando sua admiração pelas formas mais fiéis de resistência e lutas sociais. Foi amigo de Francisco Julião e apoiador das Ligas Camponesas
Em 1984, Manoel Correia foi nomeado Diretor do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Mello Franco de Andrade (CEHIBRA), da Fundação Joaquim Nabuco, cargo que ocupou até 2003. O volume de sua produção científica foge dos padrões e limites dos demais membros da Academia Pernambucana de letras. O incansável pesquisador possui livros publicados e duzentos e cinqüenta artigos publicados, inclusive muitos deles em várias línguas.
Recentemente, o historiador e geógrafo foi homenageado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pelas suas contribuições para o pensamento agrário.
Era enfático em afirmar que a reforma agrária era um problema fundamental do Brasil e que deveria ter não um, mas diversos programas de reforma, variando de acordo com as particularidades. Foi contra também a transposição do rio São Francisco por criticava o alto culto de uma empreitada num país com poucos recursos e o impacto ambiental que poderia decorrer deste projeto.
Morreu no dia 22 de junho de 2007, no Recife, em conseqüência de problemas cardíacos. Seu corpo foi velado na Academia Pernambucana de Letras, morte muito lamentada pelos movimentos sociais, o MST se referiu ao mesmo como um intelectual comprometido com seu povo que manteve, ao longo dos seus 84 anos, coerência com suas idéias e ideais. Foi um intelectual que muito contribuiu com estudos no campo das reformas em prol dos trabalhadores.
Foi em homenagem a este militante das causas sociais e a similaridades das idéias, que o D.A. de História em sua primeira gestão optou por colocar o seu nome, como fonte de inspiração de lutas sociais em todos os tipos de causas. E fazer o resgate histórico de cada parte que engloba nosso curso é dever de todos os alunos. Que as fontes de inspiração jamais se acabem e que a história de Manoel Correia de Andrade, através de seus escritos e exemplo ganhe cada vez mais estudantes e adeptos. E a esse presenteamos mais esta homenagem em forma de recordação.
Fernando Melo é estudante de História do 5º período e coordenador de comunicação do DAHIS Manuel Correia de Andrade